A RESOLVER OU À RESOLVER: DESVENDANDO A GRAMÁTICA
A RESOLVER OU À RESOLVER: DESVENDANDO A GRAMÁTICA
A dúvida sobre a grafia correta de “a resolver” ou “à resolver” é comum e pode gerar insegurança em diversos contextos. Afinal, quando usamos a crase? E quando ela é dispensada? Para desvendar esse enigma, vamos mergulhar no universo da gramática e compreender as regras que regem o uso da crase nesse caso específico.
A CRASE: UMA QUESTÃO DE REGRAS
A crase é um sinal gráfico que representa a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a” ou com a contração da preposição “a” com os pronomes demonstrativos “a” e “as”. Em “a resolver”, a crase é opcional e depende da regência verbal do verbo “resolver”. Para desvendar o mistério, é fundamental analisar o contexto e as nuances da frase.
REGÊNCIA VERBAL: A CHAVE PARA A CRASE
O verbo “resolver” é transitivo direto e indireto, ou seja, pode exigir um complemento sem preposição (objeto direto) ou um complemento com preposição (objeto indireto). Se o verbo “resolver” for transitivo direto, “resolver” não exige preposição, portanto, a crase será dispensada. Se o verbo “resolver” for transitivo indireto, a preposição “a” será necessária, e a crase poderá ocorrer.
“A RESOLVER OU À RESOLVER”: UM EXEMPLO PRÁTICO
Imagine a seguinte frase: “O juiz se dedicou a resolver o caso.” Observe que “caso” é o objeto direto do verbo “resolver”, ou seja, não há preposição. Portanto, a crase é dispensada: “O juiz se dedicou a resolver o caso”.
Agora, veja outro exemplo: “O juiz se dedicou à resolução do caso.” Neste caso, “resolução do caso” é o objeto indireto do verbo “resolver”, pois a preposição “a” é necessária. A crase ocorre porque a preposição “a” se funde com o artigo feminino “a” que antecede “resolução”: “O juiz se dedicou à resolução do caso”.
VERBOS QUE EXIGEM A PREPOSIÇÃO “A”
Para aplicar a regra a resolver ou à resolver, é importante conhecer os verbos que exigem a preposição “a” e que, portanto, podem receber crase quando o complemento é feminino. Alguns exemplos de verbos transitivos indiretos que exigem a preposição “a” são:
- Aspirar (no sentido de desejar): “As crianças aspiram a um futuro melhor.”
- Assistir (no sentido de ver): “Assisti à apresentação do grupo.”
- Atender (no sentido de dar atenção): “O médico atendeu à paciente.”
- Confiar (no sentido de ter fé): “Confio a você a guarda da minha casa.”
- Corresponder: “A resposta não corresponde à pergunta.”
- Deferir: “O juiz deferiu ao pedido do réu.”
- Implicar (no sentido de ter como consequência): “A falta de atenção implica em erros.”
- Obedecer: “Obedecemos à lei.”
- Pagar (no sentido de quitar): “Pagarei o valor total à conta.”
- Presidir: “Ele preside à reunião.”
- Renunciar: “Renunciou ao cargo de diretor.”
- Resistir: “Resistiu à tentação.”
- Satisfazer: “O produto satisfaz às necessidades do cliente.”
A CRASE ANTES DE NOMES PRÓPRIOS FEMININOS
A crase também é um tema recorrente quando o complemento é um nome próprio feminino. Se o nome próprio feminino fizer referência a um lugar, a crase é obrigatória.
Por exemplo, “Vou a Paris” – a crase é dispensada, pois “Paris” é um lugar. Já “Vou à Paris de ontem” – a crase é obrigatória, pois “Paris” é um nome próprio feminino que se refere ao lugar.
CASOS ESPECIAIS
Existem casos especiais em que a crase pode ser facultativa. Por exemplo, antes de pronomes possessivos femininos, como “minha”, “tua”, “sua”, “nossa”, “vossa”, “sua”, a crase pode ser facultativa quando o verbo exige a preposição “a”.
Exemplo: “Enviei a carta à sua casa” ou “Enviei a carta a sua casa”.
A RESOLVER OU À RESOLVER: DESVENDANDO A GRAMÁTICA
Em resumo, a presença ou ausência da crase em “a resolver” ou “à resolver” depende da regência verbal do verbo “resolver”. Se o verbo for transitivo direto, a crase será dispensada. Se o verbo for transitivo indireto, a crase será necessária.
“A RESOLVER OU À RESOLVER”: DESVENDANDO A GRAMÁTICA
Para garantir a precisão gramatical, é crucial analisar o contexto da frase e observar a regência do verbo. A dúvida sobre a crase pode ser facilmente resolvida com a aplicação das regras gramaticais.
“A RESOLVER OU À RESOLVER”: DESVENDANDO A GRAMÁTICA
Dominar o uso adequado da crase é fundamental para uma escrita formal e fluida. A crase é um recurso que confere elegância e precisão à linguagem, tornando a comunicação mais clara e eficaz.
“A RESOLVER OU À RESOLVER”: DESVENDANDO A GRAMÁTICA
Para aprofundar seus conhecimentos sobre crase, você pode consultar a gramática normativa e sites especializados em português.
“A RESOLVER OU À RESOLVER”: DESVENDANDO A GRAMÁTICA
Aprender a usar a crase de forma correta é um investimento que vale a pena para quem deseja se comunicar com clareza e precisão. Com prática e atenção às regras, você terá mais segurança ao escrever e a seus textos um toque de profissionalismo e elegância.
F.A.Q.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE “A” E “À”?
A diferença básica entre “a” e “à” reside na presença ou ausência da crase, que é um sinal gráfico que indica a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a” ou com a contração da preposição “a” com os pronomes demonstrativos “a” e “as”.
QUANDO USAR A CRASE EM “A RESOLVER”?
A crase em “à resolver” é necessária apenas se o verbo “resolver” for transitivo indireto, ou seja, se exigir a preposição “a” antes do seu complemento.
COMO IDENTIFICAR A REGÊNCIA VERBAL DO VERBO “RESOLVER”?
Para identificar a regência verbal do verbo “resolver”, observe se ele exige a preposição “a” antes do seu complemento (transitivo indireto) ou não (transitivo direto).
QUAL O PAPEL DA CRASE NA GRAMÁTICA?
A crase é um sinal gráfico que auxilia na clareza e precisão da linguagem, indicando a fusão de duas palavras, a preposição “a” e o artigo feminino “a” ou o pronome demonstrativo “a” e “as”.
EXISTEM OUTRAS SITUAÇÕES EM QUE A CRASE É FACULTATIVA?
Sim, a crase pode ser facultativa antes de pronomes possessivos femininos, como “minha”, “tua”, “sua”, “nossa”, “vossa”, “sua”, quando o verbo exige a preposição “a”.
COMO EVITAR ERROS COM A CRASE?
Para evitar erros com a crase, é fundamental estudar as regras da gramática normativa, analisar a regência verbal dos verbos e praticar a escrita, observando os contextos e as nuances da linguagem.